Nós utilizamos um complexo aparelho psíquico para interagir com o mundo e precisamos gerenciar os conteúdos emoções resultantes dessa complexidade.

Durante a infância, ao mesmo tempo em que o cérebro está seguindo o script biológico e desenvolvendo habilidades motoras e cognitivas, a psique também está fazendo a sua parte, desenvolvendo mecanismos de adaptação, combinando sensações com percepções, montando um mapa emocional do mundo que nos rodeia.

Quando chegamos à idade adulta, temos um bela “topografia interna” consolidada. Temos, também -- e essa é a parte legal -- maturidade psíquica suficiente para organizar o material que foi acumulado ao longo dos anos.

Essa organização interna é resultado do processo contínuo por meio do qual nos encarregamos de enxergar nossos conflitos, compreendê-los de alguma forma, desfazer os emaranhados que causam confusão, recolher os assuntos que projetamos para fora, expressar o que viemos reprimindo e assim por diante.

Quanto mais organizada a psique, mais espaço interno ela encontra para que os conteúdos circulem, se recombinem, se atualizem, se dissolvam, se aposentem, se expandam, se contraiam.

Com esse espaço, conseguimos desenvolver recursos mais adequados para lidar com as questões que a vida nos apresenta — sejam elas pessoais ou coletivas.

Aqui no INDIVÍDUO-COLETIVO, o que nos interessa é dar um passo a mais nesse processo e levar a organização interna a repercutir no coletivo.

Para isso, estamos nos engajando em formas de observar como está se formando e quais são as características da subjetividade de quem vive neste período da história — que chamamos de contemporaneidade ou de era pós-moderna — para podermos encontrar maneiras de lidar com os temais atuais de forma crítica, honesta, construtiva, saudável.

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